Investimentos do PT no exterior, com nosso dinheiro

17/10/2014 11:00

 Enquanto no Brasil, a infraestrutura básica: Portos, Aeroportos, Estradas, Hidrovias, Produção de Energia Elétricas, Refinarias, para não falar de coisas mais insignificantes para o governo PT como Saneamento básico, Educação, Saúde e Segurança Pública. Estão em estado de verdadeiro abandono, sem o mínimo do investimento necessário.

                                                           Vejamos onde Lula e Dilma fizeram Obras para atender esta mesma demanda, com a concessão de empréstimos e financiamentos pelo BNDES: Nos detalhes do empréstimo do BNDES para um porto em Cuba, por exemplo são protegidos por sigilo, o que impede uma avaliação do tribunal de contas, do legislativo ou da própria sociedade se foi mesmo um bom negócio ou a sobrevida para a ditadura.

                                                           Dizem que são empréstimos, mas como não serão pagos nunca, na verdade são doações, como as que foram perdoadas recentemente para que se viabilizasse um novo empréstimo, isso mesmo, não se deve pôr na conta só os novos investimentos, mas também as centenas de milhões de reais em dividas que foram perdoadas. “São bilhões de dólares que o governo do PT transfere a países, em detrimento de obras que poderiam ocorrer no nosso País, melhorando a nossa capacidade de escoar a produção e, sobretudo, colocando o Brasil num patamar de competência em matéria de infraestrutura, já que estamos largamente distanciados disso”, comenta o senador Alvaro Dias.

-- Em Gana, Brasil está financiando a construção de um aeroporto em Gana, na África, mediante empréstimo do BNDES de US$ 174 milhões. A decisão do banco, se torna ainda mais incompreensível quando verificadas as condições atuais dos aeroportos brasileiros.

À Venezuela, US$746 milhões, concedidos para ampliação do metrô de Caracas. Outra obra que contou com financiamento naquele País foi a Hidrelétrica de La Vueltosa, a segunda ponte sobre o rio Orinoco, há 20 quilômetros de Ciudad Guayana, máquinas agrícolas e colheitadeiras e mais US$ 4,3 bilhões negociados para projetos de infraestrutura e de indústrias de base do país. E ainda o BNDES abriu linha de financiamento de US$ 814 milhões para a Venezuela para comprar 20 aeronaves Embraer. As aeronaves integrarão a frota da companhia estatal venezuelana Conviasa.

Ao Paraguai, uma das últimas operações de peso foi a oferta de financiamento/ linha de crédito de US$1 bilhão para projetos de industrialização naquele País.

                 Os presidentes do BNDES, Luciano Coutinho, e do Banco do Brasil (BB), Aldemir Bendine, firmaram nesta quarta-feira, 1º, contrato inédito de financiamento a exportações brasileiras de máquinas e equipamentos a países da América Latina, com base em nova modalidade de apoio: o BNDES Exim Automático. 
                 Por meio desse acordo, que estabeleceu uma Linha de Crédito no valor equivalente a até US$ 200 milhões, o Banco do Brasil, atuando por meio de suas agências fora do território brasileiro, poderá financiar importadores de bens de capital brasileiros, inicialmente nos mercados da Argentina, do Chile e do Paraguai.  Brasil está oferecendo financiamento de US$ 1 bilhão do BNDES para projetos de industrialização do Paraguai como parte das negociações em torno da remuneração paga pela energia gerada pela Usina Hidrelétrica de Itaipu e que é comprada daquele país. Também está na mesa de negociações a duplicação do fator de ajuste (que é o preço efetivamente pago pelo Brasil), o que resultará em elevação de US$ 45 para US$ 47 por megawatt-hora (MWh) no preço da energia de Itaipu paga pelos consumidores brasileiros (preço final) e ainda a criação de um fundo nos moldes do Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata na sigla em espanhol) no qual o Paraguai teria preferência para retirar até US$ 100 milhões.

A República Dominicana, entre 2007 e 2009, recebeu 19,9% dos investimentos do banco no exterior; o Chile, 10%; a Venezuela, 9,8%; e outros países, com 4,7%.

– Em 2009, Argentina, República Dominicana, Equador, Venezuela e Chile lideraram a lista dos tomadores de empréstimos do BNDES. O Banco financiou obras do metrô de Santiago.

– Financiamento das Hidrelétricas Pinalito, Palomino e Las Placetas, na República Dominicana, do Aqueduto Noroeste e do projeto de sinalização viária de estradas em Santo Domingo.

– Em Cuba foi autorizada, em 2008, abertura de linhas de financiamento do banco para Cuba, com recursos de um R$1bilhão, a serem aplicados em obras de infraestrutura.

Em Moçambique, obras de infraestrutura também em Moçambique: a transformação da base aérea de Nacala em aeroporto civil internacional (80 milhões de dólares).

– No continente africano, a linha de crédito criada pelo BNDES para obras de infraestrutura em Angola foi de US$1,5 bilhão.

 

                                                            Nem o Congresso Nacional tem acesso aos termos dessas transações. Dessa forma, até que esse conteúdo seja exposto à luz do sol, os brasileiros têm todo o direito de desconfiar das intenções desses projetos. Têm todo o direito de achar, por exemplo, que o que o Brasil fez foi simplesmente uma doação aos irmãos Castro. Ou coisa pior.

“Os técnicos do BNDES trabalham bem e são meticulosos com as garantias, mas, no final, o banco faz o que o governo manda”, diz Mansueto Almeida, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Ministério do Desenvolvimento informa que o sigilo estava previsto no protocolo de entendimento assinado entre Brasil e Cuba — e só.

                                                            Propagou-se também a versão de que o porto cubano será útil às empresas brasileiras com a criação de uma zona especial de desenvolvimento (ZED). A construção dessa área industrial demanda um novo financiamento do BNDES, de 290 milhões de dólares.

Diz o professor Sérgio Lazzarini, da escola de negócios Insper: “É difícil perceber qual seria o interesse brasileiro no projeto. Os chineses fazem portos na África porque cobiçam as matérias-primas locais. Qual será o objetivo do Brasil em um mercado insignificante como o de Cuba?”.

                                                           Dilma falou que há várias empresas nacionais interessadas em se instalar na ZED, mas a Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex) não é capaz de citar uma única sequer. É arriscado instalar fábricas em Cuba, país que desconhece os conceitos de propriedade privada, lucro e respeito a contratos. Brasil terá favorecido os exportadores chineses”, diz Wilen Manteli, presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP).

Até que o segredo sobre o projeto seja aberto, a melhor explicação é que se trata de um novo PAC: Programa de Amparo a Cuba.

Edição JMauro